terça-feira, abril 10, 2007
Dar Sangue
A descoberta do sistema AB0
Em 1900, K.Landsteiner identificou que os eritrócitos de algumas pessoas ficavam aglutinados quando em contacto com o plasma ou o soro de outras. Foi a descoberta da substância A e B do Sistema AB0. Três anos mais tarde classificou os grupos sanguíneos em A, B e 0 e só alguns anos depois foram feitas as primeiras provas de compatibilidade antes de uma transfusão.
Desde então, o avanço tecnológico e científico nesta área tem conhecido novos e importantes desenvolvimentos, o que tem permitido uma maior eficácia e rentabilização do sangue, permitindo o tratamento dos doentes com componentes sanguíneos de acordo com a sua deficiência.


Importância de dar sangue
Como é do seu conhecimento, o sangue não se fabrica artificialmente e só o Ser Humano o pode doar. Como tal, o sangue existente nos serviços de sangue dos hospitais depende diariamente de todos que decidem dar sangue, de forma benévola e regular, partilhando um pouco da sua saúde com quem a perdeu.
Todos os dias existem doentes com anemia, doentes que vão ser submetidos a cirurgias, doentes acidentados com hemorragias, doentes oncológicos que fazem tratamento com quimioterapia, doentes transplantados e muitos outros que necessitam de fazer tratamento com componentes sanguíneos. Enquanto que um doente com anemia pode necessitar de 1 ou 2 unidades de sangue, um doente com transplante de fígado ou um doente com leucemia pode necessitar de um número bastante elevado de componentes sanguíneos.



Para sua segurança
- Medição de tensão arterial e o pulso
- Testa-se uma gota do seu sangue para verificar se os seus glóbulos vermelhos são suficientes para que possa dar sangue sem prejuízo para si.
- São lhe feitas perguntas sobre o seu estado de saúde passado e actual e sobre os seus comportamentos e hábitos de vida.
É importante que seja sincero(a) nas suas informações, pois protegerá a sua saúde e a saúde do doente que irá receber o seu sangue.
Tudo o que disser será confidencial.
Qualquer dúvida que surja deverá esclarecê-la com o(a) médico(a) que o(a) observar.
Se for considerado(a) em boas condições para dar sangue ser-lhe-ão colhidos cerca de 450cm3 de sangue, o que corresponde a uma Unidade de Sangue.


Para a segurança do doente
Algumas pessoas não devem dar sangue porque podem transmitir doenças aos que viessem a receber esse sangue.
Não dê sangue se:
1º Esteve em África ou teve Malária à menos de 3 anos.
2º Alguma vez utilizou drogas por via endovenosa.
3º Teve contactos sexuais a troco de dinheiro ou equivalente nos últimos 12 meses.
4º Teve contactos sexuais com múltiplos(as) parceiros(as) nos últimos 12 meses.
5º Sendo homem, teve contactos sexuais com homens.
6º Teve contactos sexuais com um(a) novo(a) parceiro(a) nos últimos 6 meses.


Estudo efectuados ao sangue colhido
O seu sangue vai ser estudado para:
- Hepatites virais B e C
- Enzima hepático
- Sífilis
- Vírus da SIDA
- Vírus da leucemia das células T adulto
E ainda:
- Grupo de sangue nos sistemas ABO e Rh
- Pesquisa de anticorpos anti-eritrocitários irregulares.

O seu sangue só será utilizado para transfusão se os resultados dos estudos forem considerados normais.
Caso surja alguma anormalidade nestes estudos será dado conhecimento ao dador e só a este.


Intervalos de dádiva de sangue
Na Dádiva de Sangue Total, os homens podem dar sangue de 3 em 3 meses (4 vezes/ano) e as mulheres de 4 em 4 meses (3 vezes/ano), sem qualquer prejuízo para si próprios.



Locais onde se pode dar sangue

- Unidade Móvel que se fixa em pontos estratégicos;

- Centros Regionais de Sangue do Instituto Português do Sangue;

- Hospitais, Bombeiros, Centros de Saúde

Dúvidas sobre a dádiva de sangue

1. Nunca ninguém me pediu para dar sangue.
Considere-se convidado desde já. Esse convite silencioso não é formal, é real: é-lhe dirigido por todas as crianças e adultos que carecem de sangue ou dos seus componentes, pelas vítimas de acidentes de trabalho ou rodoviários, por todos aqueles que aguardam disponibilidade de sangue para serem operados e que, por isso, ocupam uma cama que muitos precisam de utilizar.

2. O meu sangue não deve prestar porque já tive várias doenças.
A sua dúvida deverá ser esclarecida junto do seu médico assistente. Mas, mais simplesmente, pode oferecer-se para dar sangue, pois será submetido a um exame clínico, no decurso do qual o médico lhe aconselhará a atitude correcta, pensando na preservação da sua saúde e bem-estar. Confie nos serviços de sangue e nos seus médicos.


3. O Sangue faz-me falta.
Num adulto normal existem entre cinco e seis litros de sangue. Uma pessoa saudável pode dar sangue regularmente, sem que esse facto prejudique a sua saúde.


4. O meu tipo sanguíneo não é o que faz mais falta.
Todos os tipos de sangue são necessários, mesmo aquele que são mais raros. Basta que se lembre que você mesmo pode precisar de sangue. Se todas as pessoas, com grupo sanguíneo igual ao seu, pensasse como você…

5. Francamente, tenho medo de dar sangue.
Uma grande parte das pessoas sente isso, quando vão dar sangue pela primeira vez. Mas logo depois, perdem o receio e a dádiva de sangue torna-se natural e simples. Observe o à-vontade e descontracção das pessoas que regularmente vão dar sangue e tire as suas conclusões.

6. Ainda não tenho idade para dar sangue.
Qualquer pessoa saudável, com idade compreendida entre os 18 e os 65 anos, pode dar sangue sem qualquer problema.

7. Peso pouco.
Qualquer pessoa com peso vizinho dos 50kg pode dar sangue. Cofie, nesse e noutros aspectos, no critério experimentado e seguro do especialista que lhe vai fazer o exame clínico, no serviço de sangue a que se dirigir.

8. Já dei sangue este ano.
Fez bem mas pode repetir a dádiva sem qualquer inconveniente para a saúde e bem-estar. Qualquer pessoa pode dar sangue varias vezes por ano (os homens de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4 meses). Esta informação tem uma base científica segura e recolhe uma vasta experiência de muitos anos, abarcando milhões de dádivas em todas as partes do mundo.


9. Dei o meu sangue benevolamente mas penso que o venderam ao doente.
A venda ou comercialização do sangue está proibida por lei. Apenas poderão ser cobradas as despesas relativas ao processamento do sangue, isto é, os custos de material e exames laboratoriais necessários à preparação do sangue, para que este possa ser transfundido com a maior segurança.

10. Receio sentir-me enfraquecido se der sangue.
Apenas lhe são colhidos cerca de 4,5 decilitros de sangue. As proteínas e as células sanguíneas existentes neste volume são rapidamente repostas em circulação pelo organismo. Momentos após a dádiva de sangue, qualquer pessoa pode voltar à sua ocupação normal. Contudo, algumas actividades como por exemplo, pilotos de aviões, maquinistas de comboios, mergulhadores, não devem ser exercidas nas horas seguintes à dádiva.

11. Já há muita gente que dá sangue.
É verdade, mas a procura de sangue, componentes e derivados não cessa de aumentar, graças aos progressos da ciência médica e à crescente extensão dos benefícios de uma assistência que se pretende de melhor qualidade, a um numero cada vez maior de pessoas. As necessidades terapêuticas dos doentes exigem cada vez mais dadores, isto é, pessoas em boas condições de saúde e com hábitos de vida saudáveis, como você.

12. Nunca imaginei que o meu sangue fosse necessário.
Claro que é. A cada minuto é necessário sangue nos hospitais do nosso país. Decida-se desde já!

13. Não sabia como ou onde dar sangue.
Muito facilmente: dirija-se ao Instituto Português do Sangue – Centros Regionais de Lisboa, Porto e Coimbra, ou ao hospital mais próximo. A sua visita será bem recebida e terá todas as informações que desejar.

14. Não tenho tempo.
Se por um instante pensar no bem que fez com a sua dádiva de sangue, rapidamente concluirá que essa não é uma razão: verá que não está tão ocupado como julga.

15. Receio que me recusem como dador.
Se for saudável nada há como experimentar. Aliás pode ficar suspenso por múltiplas razões. No caso de isso acontecer temporariamente volte quando o médico lho indicar.

16. Fui pressionado a dar sangue mas não estou disposto a fazê-lo outra vez.
Ninguém é obrigado a dar sangue. A dádiva de sangue é um acto livre e voluntário de pessoas de bem, habituadas a pensar nos outros. Não esqueça, no entanto, que muita gente precisa do sangue que só você pode dar, porque é saudável.

17. Se eu precisar de sangue recorro a um serviço privado, e pago todas as despesas.
Você pode dispor do dinheiro mais do que suficiente, para pagar todo o sangue do mundo. Mas nunca deverá esquecer que o dinheiro não se pode tranfundir…mesmo neste caso alguém terá cedido um pouco do seu sangue para você poder dele beneficiar. Sem sangue, de nada servirá o seu dinheiro. Aliás, o sangue deve estar à espera do doente do doente e não o contrario, para que tudo funcione bem e sem riscos.

18. O meu sangue não presta.
Uma amostra do seu sangue será analisada. Se for detectada alguma alteração, terá conhecimento disso e será informado sobre medidas a tomar.


19. Causa-me transtorno dar sangue.
Pode escolher o dia e hora que mais lhe convier. No Instituto Português do Sangue pode dar sangue todos os dias úteis das 8:00h às 19:30h e aos sábados das 9:00h às 12:00h. Com os exames prévios e a dádiva em si, o tempo dispendido em média é de trinta minutos. No entanto, se todo lhe for impossível, contacte-nos. Poderemos ir ao seu local de trabalho particularmente se quiser colaborar connosco, divulgando esta ideia e motivar alguns colegas de trabalho a dar também sangue.

20. Só dou sangue se alguém precisar dele.
Esse alguém pode ser um familiar seu muito querido, no momento em que você nem sequer é conhecedor do que se está a passar! Aliás, em situações de catástrofe, geralmente não falta o sangue. As carências reais - essas sim, muitas vezes dramáticas mas sem espectacularidade – são prementes, são o dia a dia dos serviços de sangue. Na verdade, algo este mal, se é o doente que está à espera do sangue e não o sangue è espera do doente.
* Informação retirada do site: www.ipsangue.org
 
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terça-feira, fevereiro 06, 2007
Protocolo: Determinação dos grupos sanguíneos do sistema ABO
Material:

• Lâminas de vidro
• Marcadores
• Lancetas descartáveis
• Varetas de vidro
• Álcool etílico (96º)
• Algodão hidrófilo
• Luvas de vinilo
• Soro anti-A
• Soro anti-B
• Soro anti-AB


Procedimento:

• Utilizando os marcadores, escreva em três lâminas de vidro as indicações anti-A, anti-B e anti-AB (anexo A).

• Desinfecte a polpa do dedo anelar com algodão humedecido em álcool. Deixe secar e pique com a lanceta num movimento rápido e firme.

• Comprima suavemente o dedo, de modo a fazer cair uma gota de sangue sobre cada uma das lâminas. Desinfecte o local da picada com álcool.

• Deite na parte central de cada uma das lâminas uma gota do respectivo soro (anexo B).

• Com auxílio de uma vareta de vidro, misture o soro com a gota do seu sangue. Utilize para cada tipo de soro uma vareta de vidro diferente (anexo C).

• Deixe repousar alguns minutos e observe.


















Vídeo do Procedimento Experimental






Estatística


O nosso trabalho de Área de Projecto engloba a realização de inquéritos para uma população amostra (escolar e exterior da escola).





Gráficos população escolar




Gráfico 1 - "Sabe o seu grupo sanguíneo? Quer fazer o teste?", estas duas perguntas constam no inquérito à população escolar, realizado a 121 pessoas.







Gráfico 2 - Da população amostra escolar, 33 pessoas sabiam o seu grupo sanguíneo e 49 pessoas queriam fazer o teste para saber qual o seu grupo sanguíneo. Juntámos estes dois grupos, dando um total de 68 pessoas, do qual resultou o seguinte gráfico:









Gráficos população exterior




O nosso trabalho engloba para além de uma vertente científica uma vertente social. Achámos importante não só saber qual o grupo sanguíneo da população exterior, como também conhecer a perspectiva das pessoas face à doação de sangue. Deslocámo-nos pelas ruas do nosso concelho, Salvaterra de Magos, e questionámos 60 pessoas.





Gráfico 3 - Com base nas 60 pessoas inquiridas realizámos o seguinte gráfico acerca dos grupos sanguíneos:








Gráfico 4 - Uma das perguntas que constava no inquérito era : "Dá sangue?"








Gráfico 5 - O gráfico seguinte refere-se àquilo que leva as pessoas a não dar sangue.




Gráfico 6 - Sabemos que existem diversas instituições onde é possível dar sangue. Para testar o conhecimento das pessoas, colocámos no inquérito a seguinte questão: "Sabe em que instituições pode dar sangue?".









Gráfico população escolar e exterior


Com base nos gráficos 2 e 3, elaborámos um gráfico que inclui os dados dos mesmos, acerca dos grupos sanguíneos. O objectivo é comparar este gráfico com dados estatísticos a nível nacional.




Gráfico 7



Gráfico 8





Ao compararmos os dois gráficos observamos que os resultados são idênticos. Podemos concluir que os grupos sanguíneos A e O são os mais frequentes e o AB é o tipo de sangue mais raro.

 
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quinta-feira, janeiro 18, 2007
Jogo: Blood Typing
Vamos aprender de uma forma divertida: Clica aqui.

1. Para começar o procedimento da transfusão de sangue, clica sobre um dos pacientes.
2. Move o cursor através dos tubos de ensaio para fazer um olhar mais próximo em seus índices.
3. Para saber o tipo de sangue do paciente, faz o exame da seringa usando o rato e deixa-a cair no braço do paciente.
4. Arrasta o seringa para trás aos tubos de teste no jogo transfusão do sangue e enche os três tubos de ensaio com o sangue deixando cair a seringa em cada tubo.
5. O sangue reagirá com os anticorpos diferentes nos tubos de acordo com o tipo do sangue do paciente. O sangue pode ou não reagir com o anticorpo.
6. Move o cursor através dos tubos para fazer exame de um olhar mais próximo em seus índices. Assim conseguirás saber o tipo do sangue do paciente.
7. Escolhe o saco que contem o tipo de sangue compatível com o do paciente e coloca-o no suporte.
 
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